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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Poetas, cientistas, náufragos

Tristeza é fenômeno de ser humano. Poesia é ímpeto inerente Do espírito endiabrado Da insatisfação inquieta Sobrepujante, sobrevivente Que supre ciência Dissolve doutores em cobaias E tenta desbravar melancolia. Quantos poetas perdidos por aí... Quantas almas profundas, submersas Naufragosas em si... Quantos trocadilhos perdidos em babel Quanto silêncio despendido no papel... Da vida, talvez, uma única descoberta O melhor seja viver E poetizar sobre a vida...

Osmótico

Despeja essa solidão em mim Desagua! Já não a sinto tão amarga Mas tempero que exalta, iguala Melhora! Meu paladar de antes Aos sabores de agora. Submerge! Preenche seus poros Permeia minha pele Inunda! Meus sentidos, absorve Minha mente, entorpece Meu coração, apodrece Minha angústia, mastiga Minha alma, digere Toda essa substância moribunda

Sem amor e sem pecado

O que espera você de mim? Já não quero convencer Já não quero seduzir Esteja convencida Estejamos quites Deixemos o jogo de lado Maçante e deprimente Nos percamos sem pecado Num antro qualquer indiferente Embevecidos em êxtase recíproco Amotinados e dissidentes Enfastiados um do outro Abobalhados e sorridentes Felizes pela indecência do ato Absortos num instante de silêncio Recordemos de onde escapamos Libertos em nosso quarto pequeno Parceiros de revelia Companheiros de fuga Nada nos devemos. Sem nos querer Mais do que já nos temos Que se consuma o mundo lá fora Enquanto nos consumamos aqui dentro