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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Texto Mutilado

Encarnei, sem nem mesmo conhecer, Bernardo Soares. Escrevi longos e breves aforismos sobre meu anonimato E se era, ele, apenas mais um membro mutilado Joguei fora também aqueles textos desassossegados   Assim o fiz, sem nem mesmo antes os lê De maneira tal, semelhante nos faz a vida Se nos livra antes mesmo de nos conhecer

Outono

Quanto tempo demorei para entender Que o outono é o fim da primavera... Assim fazem os poetas. Dissimulam o óbvio implícito Esfregam em nossas caras Sem nos deixar conceber Até que enfim sintamos Já não quero mais fazer isso. Quero bradar as quatro estações A redundância veemente dos pleonasmos Pois já não sei mais o que sinto... Perdi a noção do valor do sentido E não existe paz em nada dissimulado na vida...