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Desarme

O mundo te me mostra de maneira injusta
Como de praxe, vulgar e diurna.
Contrária às estátuas exuberantes absurdas
Tua proximidade expõe outras rachaduras

Nem a obscuridade da vaidade mais humana
Nem qualquer outro entorpecente me engana.
Perto de ti, mais seguro me sinto, mas indefeso
… Te abraço num sorriso, te recebo num beijo
És tu agora, junto comigo, invulnerável paixão
Infinito amparo para minha mutante perfeição

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