A quem eu quero enganar?... O trânsito, o engarrafamento, o stress, os eventos O fashion, a crise econômica do momento A política, a corrupção, a falência humana A tradição moral decrépita, fútil e decadente A extinção preeminente da vida orgânica As guerras e a paz aparente. Se vai fazer sol, se vai chover. ou se vai trovejar Os dias seguem arrastados, maçantes, iguais... Quanto a mim, sou essa redução de estômago Vinculado à insignificância do meu decorrer À ridícula idiossincrasia que somente eu Nesta vida, em todo o universo, vou desconhecer E comigo, ao meu lado, o todo que me excede Vai putrificar, definhar e inevitavelmente perecer Na intransponibilidade silente de seu próprio ser