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Mostrando postagens de dezembro, 2009

Jornada do Amor Platônico

Quem pode medir distâncias Limitar o tempo Alienar o valor da vida Destruir meu bom senso? Quando penso em você Minha mente é sem precedentes Minha dimensão rompe limites E tudo mais é relativo... Quando penso em você, O longe se torna perto O vago se torna o certo O abstrato, o concreto O tempo se expande no infinito. Quando penso em você, A realidade é inconsistente O absurdo é minha razão Onde me aventuro indiferente Na veracidade da pureza da minha ilusão... E quão longe é o distante Quando penso em você? Viajar é como tudo mais Basta fechar olhos e te ver. Quando te vejo Sua beleza preenche meu vazio Sua meiquice transparece meu espírito Meus poros são os meus olhos Que reluzem intenso interno brilho. Sou luz e a meu redor ilumino. Enxergo mais longe, sou menos modesto. Pois diante de ti o mundo desaba Na simplicidade do seu complexo. Triste é a sina do meu entusiasmo Embora ainda sedento Minha peripécia acaba Onde começa meu lamento. Cans

A vida do rio

Em suas águas Seguem inundadas As mágoas da população ribeirinha Fica com ele, em seu curso O olhar perdido, o pensamento longe O lado mais íntimo, mais obscuro Sofrimento de outras e outras sinas Coisas que já não pode carregar Enquanto passeia sob meus olhos Tento infamemente apronfundar, resgatar Tirar de suas águas anoitecidas O que é segredo confiado E nele perecerá... Sangra, meu amigo ferido! Sangra seu destino em veia única Levando a desembocar o desconsolo Abrindo caminho para o imcompreendido De sonhos e ideais não conseguidos Alimentados, cultivados e supridos Pagos com brio À vida do rio.

Metáfora

Metáfora s. f., sentido figurado. Diz o pai-dos-burros... Li e não entendi. Antes, via as coisas assim Relativamente Indiferente ao significado Pela forma que elas se encaixavam Em harmonia sinérgica Palavra e contexto faziam sentido E todo sentido era figurado. Agora já não entendo... Formas retas, sem entrelinhas É o que vejo Absolutamente! Fiquei burro eu Ou ficou tudo chato!

Excentricidade

Se, porventura, eu enloquecesse Sendo louco logo abandonaria O sentido habitual da palavra. Ao "sem sentido", empregaria O legítimo âmago do significado Se, por acaso, eu enlouquecesse Atingiria um degrau acima do insensato Onde até os loucos atuais balbuciam Desnorteados pela altura inalcansável Trepidam por não se saberem soltos Ora! Olhe de cima pra baixo e vede Quem é pra ser, que, de fato, sede Se, na imprudência, aventurasse Quereria ir além e sempre mais Obstinado pela natureza do absurdo Consumado pelo desejo contumaz. A conjuntura do todo seria pouco Pra quando me intitulasse louco Costumávamos ser todos loucos Mas a covardia educou-nos a alma A insanidade padece enclausurada Sufoca numa casca espessa e polida Abafou-se a voz veemente intrínseca Que contudentemente gritava e feria Mais alto que todas as razões da vida Esses loucos de hoje em dia... Já não deliram mais sozinhos Não conversam mais consigo Perambulam meticulosamente Domados, amestrados, mesquinhos Por u