Quem sou eu na verdade?
Sou a ânsia do ser
Sem de fato nunca vir a sê-lo
Sou um ator peregrino
Andarilho dos campos do desespero
Atuante nos palcos divinos
Da trágica comédia humana
Das tribos sociais
Vagueio feito retirante
Pelos terrenos culturais
Sou ator gafanhoto
Estudo seu comportamento
Decoro seus padrões
Me habituo aos seus gostos
Incorporo seus trejeitos
Consumo seus valores
Sou aceito como membro
Participo de seus rituais
Traço e coleciono
Todos os perfis individuais
Sou um ator peregrino
Figurante dos palcos divinos
Redutos de escravos sociais
Quem sou eu pra dizer?
Sou apenas a ânsia do ser
Sem de fato nunca vir a sê-lo
Sou escravo de mim mesmo
Protelo de minha volição
Proíbo-me terminantemente de me adaptar
Quem sou eu pra falar?
Não sou daqui, não sou de acolá
Não tomo parte, nem me deixo levar
Estou de passagem, vou sem bagagem
Qualquer antro sujo pode ser meu lar
Sou apenas um ator peregrino
Saltimbanco do teatro divino
Me disponho, me visto e me divirto
Do vasto figurino do falso moralismo
É nos bastidores onde choro meus sorrisos...
Sou a ânsia do ser
Sem de fato nunca vir a sê-lo
Sou um ator peregrino
Andarilho dos campos do desespero
Atuante nos palcos divinos
Da trágica comédia humana
Das tribos sociais
Vagueio feito retirante
Pelos terrenos culturais
Sou ator gafanhoto
Estudo seu comportamento
Decoro seus padrões
Me habituo aos seus gostos
Incorporo seus trejeitos
Consumo seus valores
Sou aceito como membro
Participo de seus rituais
Traço e coleciono
Todos os perfis individuais
Sou um ator peregrino
Figurante dos palcos divinos
Redutos de escravos sociais
Quem sou eu pra dizer?
Sou apenas a ânsia do ser
Sem de fato nunca vir a sê-lo
Sou escravo de mim mesmo
Protelo de minha volição
Proíbo-me terminantemente de me adaptar
Quem sou eu pra falar?
Não sou daqui, não sou de acolá
Não tomo parte, nem me deixo levar
Estou de passagem, vou sem bagagem
Qualquer antro sujo pode ser meu lar
Sou apenas um ator peregrino
Saltimbanco do teatro divino
Me disponho, me visto e me divirto
Do vasto figurino do falso moralismo
É nos bastidores onde choro meus sorrisos...
Além de eclético, é talento puro. Isso é você.[rs]
ResponderExcluirSeu poema é lindo Carlinhos, como sempre. Parabéns!!!
Um beijo