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Trégua

Em algum lugar ermo e sereno,
terreno que a ninguém pertence,
as tropas da libertação exaustas
bebem água, ofegam e abrigam-se.
Logo anseiam por um breve ensejo.

É a pausa que concretiza um eterno momento
marcado por um sonho pertinente e passageiro: a paz.
A bandeira branca hasteada sacode aos altos ventos:
- Parem todos! Faz-se encarecido apelo.
E o mundo lá fora dantes hostil e desatento, presto
vem abraçar o mundo férreo e indomável aqui dentro.
Coagula-se o sangue. Estanca-se o escorrimento.

Comentários

  1. Um dos mais belos que já li.
    Muito bom!Continue escrevendo sempre, sua qualidade só aumenta!

    :)

    Andréia

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  2. Belo meu amigo, mas o homem não quer tréguas....beijos com carinho

    ResponderExcluir

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